BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

domingo, 14 de outubro de 2007

08/12/2005

ENCONTRO - SEXTA-FEIRA - 08/12/2005

Dois dias se passam, Samuel encontra-se com Antony que lhe entrega tudo o que ele pediu, os documentos, o carro e os telefones, os novos documentos estão com os nomes de: Liana = July Smith, Peter = John Bergman e Samuel = Malcon Foreman. O trio ainda está abatido com o “trote” que ocorrera na boate, Samuel mandou um e-mail para o endereço do qual ele havia recebido marcando encontro. No e-mail ele pergunta o que quer e quem é. Mas não recebera resposta. Durante o dia gélido no hotel em Nova Iorque todos concordam que não há mais nada o que fazer a não ser tentar falar com Phillip Reeve e tentar perguntar tudo o que for possível, sobre a Comissão Trilateral, sobre Daniel Rock... Sobre tudo.
O grupo cansado de fugir e de se esconder, resolve ir para o ataque. São pouco mais de duas da tarde quando Samuel vai até um telefone público e liga para o telefone de Reeve:
Samuel: - Alo. Sr. Phillip Reeve?
Reeve: - Quem está falando?
Samuel: - Um velho conhecido seu.
Reeve: - Quem está falando? Como conseguiu meu numero?
Samuel: - Não foi muito fácil, mas preciso falar com o senhor pessoalmente.
Reeve: - Só posso decidir isso depois que eu souber com quem eu estou falando.
Samuel: - Preciso falar com você a respeito de seu amigo, o Garnier.
Reeve: - Diga quem você é logo, sou muito ocupado, isso é um trote?
Samuel: - Você dois se uniram para acabar com algumas pessoas.
Reeve: - Você só pode ser um lunático.
Samuel: - É muito importante que nós conversemos pessoalmente.
Reeve: - Mas você é muito inconveniente...
Samuel: - Você tem negócios com Daniel Rock... Não tem?
Um breve silencio ao telefone e Reeve diz: - Qual seu nome mesmo?
Samuel: - Samuel.
Reeve responde em tom irônico: - Ahhh, meu amigo Samuel...
Samuel responde em mesmo tom: - Ahaha, então eu consegui chamar sua atenção.
Reeve: - Eu precisava mesmo falar com você. Mas como foi a conversa com meu amigo Daniel?
Samuel: - Foi uma conversa, calorosa...
Reeve: - Entendo, e seus amigos, estão todos bem?
Samuel: - Na medida do possível...
Reeve: - Quando quer falar pessoalmente? Agora?
Samuel: - Fico honrado que tenha um horário vago na agenda. Um homem tão ocupado como você ter tempo para falar com um lunático como eu.
Reeve: - (risadas irônicas), acha que eu sou tolo?
Samuel: - E você? Acha eu sou tolo?
Reeve: - Eu sei exatamente onde você está agora. Se eu quisesse eu mandaria alguém ir atrás de você agora!
Samuel: - Imagino, mas eu só quero entender tudo isso. Vivo fugindo e nem sei o motivo.
Reeve: - Quer mesmo saber a verdade?
Samuel: - Você está disposto a me contar?
Reeve: - A verdade não existe Samuel. Eu sei como se sente, mas eu também não sei ao certo porque estão procurando por vocês.
Samuel: - Estamos cansados de fugir, eu quero resolver isso o mais rápido possível.
Reeve: - Eu admiro sua persistência.
Samuel: - Cada dia descobrimos mais e mais gente querendo nos matar. É difícil desistir depois de todos esses anos com toda essa gloria que conseguimos.
Reeve: - Você tinha uma vida pela frente...
Samuel: - me encontra às quatro da tarde em frente ao museu de historia natural.
Reeve: - Estarei lá.
Samuel desliga o telefone vira-se para Liana e Peter e diz:
- Consegui marcar um encontro às quatro horas no Museu, vamos para o hotel, precisamos nos preparar.
Quando o trio chega ao hotel, Samuel sugere:
- Vamos de carro, quando chegarmos próximo ao lugar eu desço e vou a pé, vocês dois ficam de longe apenas observando se acontecer algum imprevisto vocês entram em ação, qualquer coisa nos falamos por telefone celular.
Liana e Peter concordam, todos se vestem Liana, Samuel e Peter, portam pistolas ocultas na roupa que usam. Pouco antes das quatro horas da tarde Peter dirige o carro e estaciona em um lugar que possa enxergar a entrada do museu, Liana sai do carro, e pretende vigiar Samuel a pé.
Samuel aguarda pacientemente em frente à entrada do museu, quando vê ao pé da escada principal um carro sedan preto que para e buzina. Samuel Desce as escadas lentamente, ao se aproximar da janela, o vidro preto abaixa-se vagarosamente e então Samuel olha o rosto de um jovem, trinta e poucos anos, branco com cabelos negros, o jovem de terno e gravata é Phillip Reev.
Pela janela Reeve diz:
- Samuel, que bom ve-lô. Entre por favor.
Samuel: - Não creio que seja seguro.
Reeve: - Eu garanto que é mais seguro do que aí onde você está.
Samuel sente que caiu na própria armadilha e acaba entrando no carro, afinal não há mais ninguém dentro do carro além de Reeve e seu motorista. Sentado em bancos dispostos um de frente para o outro Samuel senta-se a frente de Reeve, coloca a sua mão dentro do bolso onde está a pistola e indaga Reeve:
- E então?
Reeve: - Eu é que lhe pergunto, queria tanto falar comigo. Conseguiu o que queria.
O carro começa a andar, Samuel olha para todos os lados mas não nada para fazer.
Samuel: - São tantas as perguntas... Mas sabe, fiquei surpreso ao descobrir que você fazia parte da comissão trilateral.
Reeve: - É? E por quê?
Samuel: - Não imaginei que estava lidando com gente tão importante.
Reeve responde enquanto cruza as pernas suavemente: - não se engane, os membros da Comissão não tem nada a ver com isso, o assunto é dinheiro, não há nada pessoal ou institucional.
Samuel: - Mas porque tudo isso? Porque vocês nos fazem andar em círculos, se quisessem já podiam ter nos matado.
Reeve: - É tão obvio. Tudo isso que está acontecendo com você é devido a sua companhia, meu xará Phillip, Tompson.
Samuel: - Joseph?
Reeve: - É assim que o chamam?
Samuel: - Sim, mas o que ele fez afinal?
Reeve: - Eu não sei, sei que cada dia que passa e que continua vivo o mercado das religiões é afetado.
Samuel: - O mercado das religiões?
Reeve abre uma cigarreira e oferece a Samuel: - Aceita?
Samuel: - Não obrigado.
Reeve acende o cigarro e diz: - Seitas, religiões, isso tudo é muito lucrativo. Parece-me que essas pessoas querem muito esse seu amigo. Mas devo admitir, não é fácil pega-lo. Cada dia que esse homem vive esse mercado oscila demais, eu não estou falando de alguns dólares, e sim de milhões talvez até bilhões.
Enquanto o carro segue pelas ruas Peter o segue a uma distancia segura.
Samuel: - Continue.
Reeve: - Nós da Comissão existimos para manter as coisas equilibradas, e Tompson está desequilibrando esse mercado milionário. Vocês tem idéia de quanto valem suas cabeças?
Samuel: - Não, nem idéia.
Reeve: - Milhões... Seu amigo pode mudar o rumo das coisas.
Samuel: - Mas por quê? O que ele sabe afinal?
Reeve: - Não sei. Isso eu não posso responder.
Samuel: - Vamos mudar a categoria das perguntas. Porque contratou Daniel Rock?
Reeve: - Foi só uma encomenda.
Samuel: - Sua?
Reeve: - Não, estou devendo um favor para um homem chamado Isaac, acho que ele não gosta muito de você.
Samuel: - impossível, Isaac está morto!
Reeve: - Lhe garanto que não está.
Samuel: - E que poderes ele tem para fazer tal encomenda?
Reeve: - Acho que você deve escolher com mais cautela seus inimigos, se não sabe do que ele é capaz.
Samuel: - Não acredito nisso.
Reeve: - Acredite, ele está aqui em NY.
Samuel: - Ele ainda está na OTO?
Reeve: - OTO? Não sei ao certo.
Samuel: - Bom você só está fazendo tudo isso por dinheiro.
Reeve: - Não exatamente, é o medo das conseqüências, se vocês ficarem vivos as coisas ficam ruins.
Samuel percebe que o carro entrou no porto de NY, um filme passa diante de seus olhos, Samuel quase morreu nesse mesmo lugar por causa deste mesmo homem.
Samuel: - Pode parar o carro acho que terminamos nossa conversa.
Reeve diz ao motorista: - Steve. Hangar três.
Samuel empunha a pistola, aponta para a cabeça de Reeve e diz: - Melhor parar agora!
Reeve: - Você não vai fazer isso.
Samuel puxa o gatilho, o disparo atinge o pára-brisa do carro que para imediatamente.
Reeve: - Você não tem coragem.
O motorista do carro vira-se para trás e diz: - Está tudo bem senhor?
Reeve: - Sim, não se preocupe.
Motorista: - Estamos sendo seguidos senhor.
Reeve: - Devem ser seus amigos.
Samuel levanta-se do banco e começa a apalpar Reeve que fica imóvel com as mãos para o alto, Samuel encontra um crachá com uma tarja magnética, ele guarda o crachá no seu bolso e diz: - Foi um prazer conversar com você.
Samuel abre a porta do carro, ao longe dentro do porto ele enxerga dois carros vindos em alta velocidade. Ele volta para dentro do carro e com a coronha da pistola atinge com força o rosto de Reeve! Samuel olha para o rosto de Reeve que começa a verter sangue e diz: - Isso é para não esquecer de mim! Samuel abre a porta do carro, Peter para o carro ao lado da porta que Samuel está. Samuel embarca no automóvel. Peter cede à direção pulando para o carona para que Samuel conduza o veículo. Com movimentos rápidos ele arranca o veiculo! Os dois carros continuam vindos no sentido oposto, Samuel tenta dar a volta com o carro, quando a janela do carona fica alinhado em direção aos carros Peter dispara, os tiros atingem o pára-brisa de um dos veículos, mas mesmo assim eles continuam acelerando. Samuel consegue virar o carro quando um dos veículos se choca com a lateral do carro! Samuel mantém os pulsos firmes na direção e acelera o veiculo, não demora para que consigam distanciar-se, Peter olha pelo espelho retrovisor, os automóveis que os seguiam começam a ficar cada vez menores no espelho e logo a dupla sai do porto e entra nas vias da cidade.

O MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL


PHILLIP REEVE


O PORTO DE NY

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