BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

21 DE FEVEREIRO DE 2006

21 DE FEVEREIRO DE 2006
UM BILHETE ESPECIAL

Acordei como nos últimos dias, pronta para um novo dia. Fiquei algum tempo deitada, tentando lembrar-me de um sonho que tive... Na verdade, não lembrava direito da noite anterior... Eu devia estar cansada mesmo...

Victor que parecia perturbado naquele dia. Saiu olhou pela janela, saiu correndo para a rua e voltou logo depois. Olhou para mim com uma cara estranha... Eis o que lembro da conversa:

- Tu viu isso? O carro ta lá... Inteiro.

- Que bom... Ainda não roubaram de volta?

- Tô falando que ele está como se nunca tivesse batido.

- Menos mal... Por acaso tu bateu com o carro?

- Ontem! E tu tava comigo!

- Estava? Não Victor, se estivesse eu saberia né?

- e tu não sabe?

- Não... Deveria saber?

- Mas claro! Foi quando os Etês atacaram e...

- Espera! Que Etês? Não me lembro de ver nada assim ontem.

- Não lembra? Impossível! Para de brincadeira.

- Eu não brinco Victor... Senta aí, toma o café e explica essa história.


Victor me contou praticamente todo o capítulo anterior... Mas eu não lembrava de nada... Ou quase. Lembro-me de sair de casa, lembro-me de jantar em uma lanchonete, lembro até mesmo de um acidente de carro... Mas nada dos etês. O mistério maior ainda estava por vir. Victor sacou do bolso um papel onde estava escrito o seguinte:

Isso porque você esta vivo.

A letra era a minha! Eu escrevi? Não me lembro disso também. Ao que parece, Victor lembra de tudo e eu não bastava não lembrar... Eu precisava escrever um bilhete misterioso e deixar em um carro que se reconstruiu após uma batida de frente em um poste...

Mais um mistério insolúvel para a lista.

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