ALMA CONTAMINADA
ALMA CONTAMINADA
Acordei no mesmo local onde fizemos o ritual. Acabei com mais perguntas do que respostas... O que tudo isso tinha a ver com minha filha? Olhando para a luva de Esperança, ouvi uma batida na porta... Era um dos padres avisando que estavam prontos para começar.
Havia uma capela grande naquela escola e foi ali que prepararam tudo... Uma mesa central, os padres em volta rezando com fervor, Paul na cabeceira da mesa e Samuel... Foi assustador vê-lo naquele estado febril e debilitado. Já vi doentes demais naqueles tempos, mas algo em Samuel fez disparar um alarme interno... O velho arrepio na espinha, mas não entendia a razão...
Veio num estalo o que me afligia... Uma imagem, uma sensação... A mesma sensação que eu tinha perante o incomum... A imagem das coisas la fora... Samuel estava se tornando uma das criaturas da noite.
A cura mundana não ajudaria... A experiência anterior não ajudaria por mais fantástica que fosse... Eu não queria... Não podia permitir que acontecesse com ele... Havia muito a fazer... Muito a dizer... Eu não podia o deixar partir.
Samuel começou a reagir com violência aos cânticos. Abriu os olhos, agora de predador como os de fora, e quase atacou Paul, mas Victor e eu o seguramos na mesa. Aquilo era um exorcismo! Reconheci parte do cântico... Só me restava segura-lo e acompanha-los. Falava ao ouvido dele, com a voz mais suave que podia, querendo que ele a reconhecesse e lutasse. Foram horas de luta, horas de cantos e orações e parecia que não funcionaria... Então subi na mesa e o abracei, com todo o amor e força que possuía, implorando para que ele voltasse...
Nunca rezei tanto para um deus no qual não acreditava... Mas Samuel não era um anjo? Esse Deus devia pelo menos ouvir estas preces para um filho seu. Desta vez as preces foram ouvidas... Samuel recuperava a cor e passava a apenas dormir com relativa tranquilidade...
Pessoalmente, nunca me senti tão cansada...
Acordei no mesmo local onde fizemos o ritual. Acabei com mais perguntas do que respostas... O que tudo isso tinha a ver com minha filha? Olhando para a luva de Esperança, ouvi uma batida na porta... Era um dos padres avisando que estavam prontos para começar.
Havia uma capela grande naquela escola e foi ali que prepararam tudo... Uma mesa central, os padres em volta rezando com fervor, Paul na cabeceira da mesa e Samuel... Foi assustador vê-lo naquele estado febril e debilitado. Já vi doentes demais naqueles tempos, mas algo em Samuel fez disparar um alarme interno... O velho arrepio na espinha, mas não entendia a razão...
Veio num estalo o que me afligia... Uma imagem, uma sensação... A mesma sensação que eu tinha perante o incomum... A imagem das coisas la fora... Samuel estava se tornando uma das criaturas da noite.
A cura mundana não ajudaria... A experiência anterior não ajudaria por mais fantástica que fosse... Eu não queria... Não podia permitir que acontecesse com ele... Havia muito a fazer... Muito a dizer... Eu não podia o deixar partir.
Samuel começou a reagir com violência aos cânticos. Abriu os olhos, agora de predador como os de fora, e quase atacou Paul, mas Victor e eu o seguramos na mesa. Aquilo era um exorcismo! Reconheci parte do cântico... Só me restava segura-lo e acompanha-los. Falava ao ouvido dele, com a voz mais suave que podia, querendo que ele a reconhecesse e lutasse. Foram horas de luta, horas de cantos e orações e parecia que não funcionaria... Então subi na mesa e o abracei, com todo o amor e força que possuía, implorando para que ele voltasse...
Nunca rezei tanto para um deus no qual não acreditava... Mas Samuel não era um anjo? Esse Deus devia pelo menos ouvir estas preces para um filho seu. Desta vez as preces foram ouvidas... Samuel recuperava a cor e passava a apenas dormir com relativa tranquilidade...
Pessoalmente, nunca me senti tão cansada...
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