26 DE MARÇO DE 2006
26 DE MARÇO DE 2006, DOMINGO.
DEPRESSÕES, DECLARAÇÕES E RESOLUÇÕES.
Um mês depois, as coisas pareciam estar se encaminhando bem... Só pareciam. Samuel parecia definhar a cada dia que passava...
Ele estava deprimido por inúmeras razões... Sua perna, as palavras do mendigo, autoestima baixa... Estava cansado... Cansado de tudo. Nada parecia tira-lo de sua estagnação. Eu tenho medo sim... Medo de que ele cometa uma burrice, faça uma besteira irreparável... Já não sabia mais o que fazer para tira-lo do apartamento. Eu tentaria a ultima cartada... Eu sabia do que ele precisava e daria isso a ele.
Quando a noite chegou, levantei abruptamente do sofá e chamei Samuel para dar uma volta. Ele estranhou, resmungou e quase negou... Quase. Consegui o fazer sair da cama e peguei as chaves de Victor emprestadas. Victor me olhou de forma cúmplice, dizendo que talvez também fosse passear mais tarde... Sorri para ele e saí com Samuel a minha frente.
No carro, pensei onde poderia leva-lo... Era difícil, pois não podíamos chamar demais a atenção e não havia muito dinheiro para lugares mais adequados. Ele estava impaciente ao meu lado, ameaçando desistir a qualquer momento... Então parei na frente do museu de nova York. Não podia mais esperar.
Foi ali que falei... Tudo. Coloquei para fora... Abri meu coração. Declarei meus sentimentos a ele, não escondi nada... Desde a gravidez, a promessa, Gabriela... Cada vez mais me aproximava dele, sem saber o que fazer... Pegar a mão, abraçar, beijar... Olhava nos olhos dele o tempo inteiro e via surpresa, talvez medo... Uma batalha interna dele, avaliando tudo o que eu disse. Eu estava próxima demais, arfava, respirava pesadamente, ansiosa pela demora de reação dele... Não aceitava e nem dizia sim... Sentia-me uma vadia no começo, depois uma idiota... Nunca fui boa em seduzir e achei por um momento que cometi um erro em me declarar...
Já desistia e sairia correndo de vergonha, quando ele finalmente reagiu... Segurou-me pelos ombros e me ele beijou delicadamente os lábios. Eu respondi a ele de forma quase incontida, nervosa... Afastamos o rosto um momento e ele me olhou nos olhos também... O olhar estava diferente... Gratidão? Felicidade? Não importava. Tomei a iniciativa e beijei mais, agora de forma mais íntima, mais forte... E ele respondeu! Eu poderia derreter ali mesmo, em seus braços.
Voltamos para o apartamento e Victor já saía pelo corredor. Olhou-nos e sorriu levemente ao ver nossas mãos entrelaçadas. Joguei as chaves para ele e saiu sem dizer palavra. No quarto, não houve palavras... Eu estava perdida, mas tirei as roupas de frio e me sentei na cama. Samuel me olhava e parecia estar pensativo... Não conseguia evitar, mas eu sorria sem parar. Depois de alguns minutos eu comecei a desabotoar a camisa. Ele entendeu o recado e se aproximava... Jogou as muletas ao lado da cama e começou a conduzir a coisa toda...
Era a minha primeira vez... Pelo menos em sã consciência. É exatamente como me contaram... Doloroso, extasiante, cansativo... Mas o toque de ser com a pessoa que ama só deixa a experiência mais inesquecível... Só havia certezas agora... Amo... Amo-te... Amo você Samuel.
DEPRESSÕES, DECLARAÇÕES E RESOLUÇÕES.
Um mês depois, as coisas pareciam estar se encaminhando bem... Só pareciam. Samuel parecia definhar a cada dia que passava...
Ele estava deprimido por inúmeras razões... Sua perna, as palavras do mendigo, autoestima baixa... Estava cansado... Cansado de tudo. Nada parecia tira-lo de sua estagnação. Eu tenho medo sim... Medo de que ele cometa uma burrice, faça uma besteira irreparável... Já não sabia mais o que fazer para tira-lo do apartamento. Eu tentaria a ultima cartada... Eu sabia do que ele precisava e daria isso a ele.
Quando a noite chegou, levantei abruptamente do sofá e chamei Samuel para dar uma volta. Ele estranhou, resmungou e quase negou... Quase. Consegui o fazer sair da cama e peguei as chaves de Victor emprestadas. Victor me olhou de forma cúmplice, dizendo que talvez também fosse passear mais tarde... Sorri para ele e saí com Samuel a minha frente.
No carro, pensei onde poderia leva-lo... Era difícil, pois não podíamos chamar demais a atenção e não havia muito dinheiro para lugares mais adequados. Ele estava impaciente ao meu lado, ameaçando desistir a qualquer momento... Então parei na frente do museu de nova York. Não podia mais esperar.
Foi ali que falei... Tudo. Coloquei para fora... Abri meu coração. Declarei meus sentimentos a ele, não escondi nada... Desde a gravidez, a promessa, Gabriela... Cada vez mais me aproximava dele, sem saber o que fazer... Pegar a mão, abraçar, beijar... Olhava nos olhos dele o tempo inteiro e via surpresa, talvez medo... Uma batalha interna dele, avaliando tudo o que eu disse. Eu estava próxima demais, arfava, respirava pesadamente, ansiosa pela demora de reação dele... Não aceitava e nem dizia sim... Sentia-me uma vadia no começo, depois uma idiota... Nunca fui boa em seduzir e achei por um momento que cometi um erro em me declarar...
Já desistia e sairia correndo de vergonha, quando ele finalmente reagiu... Segurou-me pelos ombros e me ele beijou delicadamente os lábios. Eu respondi a ele de forma quase incontida, nervosa... Afastamos o rosto um momento e ele me olhou nos olhos também... O olhar estava diferente... Gratidão? Felicidade? Não importava. Tomei a iniciativa e beijei mais, agora de forma mais íntima, mais forte... E ele respondeu! Eu poderia derreter ali mesmo, em seus braços.
Voltamos para o apartamento e Victor já saía pelo corredor. Olhou-nos e sorriu levemente ao ver nossas mãos entrelaçadas. Joguei as chaves para ele e saiu sem dizer palavra. No quarto, não houve palavras... Eu estava perdida, mas tirei as roupas de frio e me sentei na cama. Samuel me olhava e parecia estar pensativo... Não conseguia evitar, mas eu sorria sem parar. Depois de alguns minutos eu comecei a desabotoar a camisa. Ele entendeu o recado e se aproximava... Jogou as muletas ao lado da cama e começou a conduzir a coisa toda...
Era a minha primeira vez... Pelo menos em sã consciência. É exatamente como me contaram... Doloroso, extasiante, cansativo... Mas o toque de ser com a pessoa que ama só deixa a experiência mais inesquecível... Só havia certezas agora... Amo... Amo-te... Amo você Samuel.
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