BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

DIA 25 DE SETEMBRO DE 2006; NOVO MUNDO, 111º DIA

DIA 25 DE SETEMBRO DE 2006; NOVO MUNDO, 111º DIA

Eles realmente iam sem mim! Não podia deixar de ir, eu não poderia ficar e prejudicar essas pessoas. Somos apenas três alvos, Não precisamos aumentar o número de cadáveres. Estou grávida, posso estar carregando o futuro da humanidade, mas também sou tão guerreira quanto eles agora. Mas Tamara e Gabriela eram os dilemas. Victor conseguiu convencer Tamara mais facilmente, mas Gabriela se tornou o maior empecilho. Não havia como Samuel ganhar aquela discussão, mas ele estava convicto de sua decisão. Ouve um silêncio perturbador e muito a contra gosto Gabriela concorda em ficar. No final das contas, éramos três novamente para enfrentar o que talvez fosse a ultima batalha. Que seja então.

Uma hora depois, havia um grande prédio no local. O número? 999. Irônico não? O ambiente estava muito tenso e Samuel ajudou a me deixar ainda mais tensa enquanto acendia uma tocha:

Victor – Pois é... De novo...

Samuel – Não podemos errar... Laura.

Olho para ele, temendo por antecipação o que ele diria.

- Não tenha dúvidas. Você não pode Morrer.

Laura - O que você quer dizer com isso, Samuel?


- Só salve a sua vida quando for necessário... Só a sua.

O que responder para ele? Não havia nenhuma réplica para isso. A criança em meu ventre tinha que viver e no momento eu sou a vida dela. Mas eu seria capaz de deixá-los para trás, seja como for? Logo eu haveria de saber. Entramos no local que era muito parecido com o prédio comercial de quando tudo começou. Subimos lentamente até o 9º andar e começamos a procurar uma porta entre as muitas que havia ali. Todas estavam trancadas.

Até que aquela terrível sirene começou a soar...

Podia sentir meu coração batendo muito rápido e o bebê se agitar, como se também soubesse do que vai acontecer. Meu cansaço dá lugar ao gesto involuntário de pegar o revolver. Uma das portas se abre e nós vamos até ela cautelosamente. La dentro um corredor em decadência... Paredes rachadas, sujeira de anos de abandono... A realidade. Como isso era possível? Pensei que todas as paredes tivessem caído! Realidades paralelas não são exatamente o meu forte e depois, o meu senso de possibilidades esta bem diferente depois de tudo que passei. O corredor tinha outras portas, todas com números sugestivos... 18, 27... Somados, resultam em nove. Se este não fosse o ninho definitivo do mal, só o inferno supera a carga negativa que se sente ali.

Os rapazes verificavam todas as portas e eu estava no meio do corredor entre eles. Podia sentir seus olhares vigilantes em mim. Nenhuma das portas cederia com exceção da última, número 999... Uma sala vazia e um vulto mexendo nas sombras. Samuel e Victor se postavam diante da porta e eu recuo, ficando e vigiando suas costas. Com a luz e as armas apontadas, vimos um homem no chão, de cabeça baixa e uma arma na mão...

Samuel - Foi Você que escreveu a carta?

Ele se volta para nós e se revela Antony, o capitão da polícia de Nova York. Mas porque ele? Logo ele larga a arma e abraça Samuel fervorosamente... O coitado estava muito magro, como se estivesse ali naquela sala há muito tempo e talvez estivesse mesmo. Parecia ainda mais perdido que nós.

- O que esta fazendo aqui homem?

Antony – Como viemos parar aqui? O que aconteceu com todo mundo?

- Então você mandou a carta... Como saímos daqui?

- Sim, mas como você recebeu? Não tem como ir embora. Só há neblina La fora, não tem luz do dia, Eu não sinto fome, frio, calor... Simplesmente aconteceu.

- Vamos embora! Apenas me siga.

Fazemos o caminho de volta para tentar sair por onde entramos quando escuto ruídos atrás de uma das portas que passamos. Eu alerto a todos discretamente e Samuel estava para por a porta abaixo quando ouvimos claramente crianças... Risadas de crianças que pareciam estar se divertindo com alguma coisa. Um momento apenas e Samuel arromba a porta. Dentro de uma sala vazia, estavam Gabriel, o filho de Samuel e o sobrinho de Joseph diante de um tabuleiro de Ouija. Os garotos pareciam assustados com a arma apontada para eles e se abraçam. Eles estavam brincando... Brincando de conversar com as pessoas. Sem aviso prévio, Victor e eu percebemos as crianças se moverem e sem pensar atiro... O impulso foi mais forte e na hora não pensei que atirava em crianças. Samuel se desespera e fica na nossa frente, impedindo qualquer nova tentativa. Elas correm pelo corredor e adentram uma porta que nada mais é além de uma escadaria. Samuel grita pelo filho dele e eu estava morrendo de remorso, tentando acompanhá-los.


Nunca uma escada pareceu tão longa e os garotos já desapareciam na escuridão à frente. Trovoadas e eventualmente ruídos de chuvas começavam a chegar a nós. Chegamos ao terraço, e os dois garotos estavam de mãos dadas próximo ao parapeito no lado oposto ao nosso. Agora víamos que chovia aos montes e o prédio parecia ainda maior do que antes. Aquela cena surreal preenchia nossos olhos, mas Samuel tentava trazer o filho de volta. Ele avançava um passo e as crianças recuavam um passo... Estavam próximas demais de uma queda... Ele nem ouvia nossos alertas, só via Gabriel a sua frente... Mais um passo e vemos as crianças caírem no vazio...

Victor segura Samuel que parecia querer saltar junto, mas foram apenas três segundos de desespero... Surgiam do mesmo vazio, dois homens alados. Um com asas e trajes brancos e outro com os mesmos trajes e asas negras... Como dois lados de uma moeda. Aquelas asas abertas e seus olhares me deixaram pasma... Eram anjos afinal! Um negro e um branco cada um de um lado do terraço... Samuel parece não temer e puxa suas armas...

Anjo negro – Não adianta Samuel... Não há arma que faça alguma coisa aqui.

Samuel – E porque acha que vou desistir?

- Acabou Samuel... É hora de fazer a escolha.

- Eu já fiz as minhas escolhas. E vocês sabem disso. Não vou escolher lados.

- Não pode Samuel! Escolha!

Agora era evidente... O anjo negro é Gabriel e o Anjo branco é o sobrinho de Joseph, que passarei a chamar de Jeremy. Agora eles se juntam... Jonas se postando atrás de Gabriel. Samuel ainda de prontidão, se recusando a escolher...

- Isso não é justo.

Anjo Branco - O que é justiça?

- Não é justo o que passamos... Tudo o que aconteceu conosco...

- Ainda não acabou Samuel. Então seja sábio.

- Como eu posso fazer uma escolha sem entendê-la?

- Tenha fé.

Samuel se ajoelha e chora como eu nunca tinha visto antes. Senti uma tremenda vontade de abraçá-lo, ajudá-lo, fazê-lo entender... Tentei me aproximar de Samuel, mas eu não faria isso... A verdadeira batalha começaria naquele momento e jamais pensei que fosse a razão dela. O anjo negro vem voando para cima de mim e nem Samuel pode segura-lo desta vez. Quando me dei conta, ele havia me agarrado e levantado vôo... Estávamos cada vez mais alto e cada vez mais ciente do que ele iria fazer... O que eu poderia fazer contra ele? Cerca de trinta metros acima ele me solta para a morte iminente... Meu pavor durou uns dois segundos. Tempo o bastante para que o anjo branco viesse e me agarrasse... Colocando-me delicadamente no chão do terraço.

Não entendi antes... Quer dizer que Jeremy, aquele em que atirei lá em Chernobyl estava do nosso lado e Gabriel contra nós? Uma virada inesperada! Jeremy se lança contra Gabriel e logo acontece numa luta furiosa entre eles! Não havia para onde correr. Só restava ficar e lutar. Não por mim, mas pelo meu bebê, pelo futuro de meu filho.



Subitamente, Victor que estava um pouco à frente, começa a sangrar pelas costas. Logo se torna um grande jorro de sangue e duas grandes asas brancas nascem de suas costas... Parece que a fé de Victor assumiu sua forma mais poderosa nesta realidade e não poderia ser em momento mais propício! Mal percebendo sua nova condição, Victor vai para cima de Gabriel. Samuel levanta e pretende ir até lá lutar... Não quero que vá, mas sinto que é necessário lutar para achar a saída. Seguro sua mão da forma mais carinhosa e suave possível, desejando que ele fique bem... Que ache a força para superar este desafio desumano. Era algo incrível ver aquilo, a batalha entre forças angelicais em pleno ar e pensando como aquilo iria acabar.

Quando olho por um instante para Samuel vejo que ele esta exultante ao ver a batalha... Quase como se aquilo o incitasse para fazer a sua parte. Via nele a vontade de fazer alguma coisa, de estar junto de Victor, fazer parte desta contenda colossal... Que assim se cumpra o desejo de Samuel... Asas negras nascem de suas costas e sua expressão não é de surpresa. É como se agora e apenas agora, ele se sentisse completo. Samuel ganha os céus e intervém no combate. Agora, Jonas e Victor desciam na minha direção, deixando Samuel e Gabriel resolverem seus problemas.

Jeremy se aproxima de mim, colocando as mãos em meu rosto de forma tão suave que mal percebo seu toque, ainda mais com a visão de um anjo diante de mim.

- Sabe que não esta aqui à toa.

- Mas o que eu faço?

- Tenha fé... A tua vontade é a vontade de Deus.

Fecho meus olhos por uns instantes, tentando digerir as palavras de Jonas... A minha vontade é a de Deus? Então realmente carrego a salvação em meu ventre? Logo eu, que nunca acreditei na bíblia ou neste Deus?

- Eu quero ajudá-los...

- A tua vontade é a mais poderosa de todas.

O anjo branco se abaixa diante de mim, numa posição de reverencia. Olho para cima, sem saber o que fazer, mas desejando que aqueles dois possam se entender. Eles se encararam por longos momentos antes de se lançarem em um embate feroz:

- O que vai fazer? Vai me matar?

- Você perdeu...

Gabriel é muito rápido e golpeia Samuel, jogando-o com força no chão do terraço! Isso não era bom... Gabriel estava vencendo...

- Não pode ajudá-lo anjo branco?

- Você pode ajudá-lo...

- Mas de que maneira?

- Tenha fé.




Fixei meu olhar em Samuel. Lagrimas estava misturados a chuva e agora o foco de meu desejo
Mudou drasticamente. Gabriel não ia parar e Samuel precisava pará-lo. Era o único que podia fazê-lo...

- LEVANTA SAMUEL!

Como que respondendo ao meu grito, Samuel empurra Gabriel para cima com forças aparentemente renovadas e aproveitando a surpresa, avança com a velha espada de guerra visando o coração de Gabriel. O florete rasga a carne de Gabriel, encontrando o seu alvo e trespassando ele. Era terrível ver aquilo... Um pai nunca devia lutar contra o próprio filho. Gabriel cai no chão e Samuel o abraça aos prantos ao pousar. Ele fez o certo, mas a que preço? A tristeza dele era a minha, pois sinto que tive parte da responsabilidade por esse desfecho... Sei que provavelmente estaria pior que ele se fosse o meu filho. Estava perdida e sem ação diante dessa desgraça... Minutos depois, Jonas diz que ainda não acabou... Havia algo a ser feito. Saltamos todos do terraço para o vazio a pedido do anjo branco e assim fizemos. De minha parte, acreditava que pior do que estava antes não ficaria e acreditava que algum deles me salvaria se eu precisasse... Acho que isso é a fé... Ou algo bem parecido.

...

A queda livre durou alguns segundos e pousamos suavemente em uma sala comum, em algum lugar de Nova York. O anjo branco, Jonas, Parecia apressado em nos mostrar algo em um quarto adjacente. Apesar de segui-lo, meus pensamentos ainda estavam naquele terraço... Poderia ser pior? As escolhas que fizemos só lançaram filhos e entes queridos contra nós, mas esse é o preço para fazer o que é certo não? Muitas vezes depois deste encontro com os anjos, passamos a ter que escolher entre o que é certo e o que é fácil. E agora faríamos a mais difícil de todas...

Anjo Branco – Vocês ainda têm uma chance. Ela esta atrás daquela porta.

Samuel – O que há La dentro?

- O futuro de Vocês.

Nesse momento, Samuel pega a minha mão e minha surpresa foi tão grande quanto minha rápida sensação de Júbilo...

- Eu fiz um juramento.

Laura – Então acho que é à hora de cumpri-lo.

- Enquanto ainda tiver uma fagulha de vida neste corpo, eu irei cumpri-lo.

Senti-me feliz, leve... Como a muito não sentia. Eu lembro que no desespero de fazê-los continuar a lutar logo após o fim de tudo, mencionei a promessa que fez há muito tempo, quando os conheci. A promessa de me proteger pelo futuro... A mesma promessa que ele chamou de juramento agora e sempre cumpriu.

Devaneios a parte, entramos na sala e para a nossa surpresa Céu, Inferno e Purgatório estavam reunidos ali. Não importava quantas vezes os víamos, sempre causam um impacto agourento em mim... Apesar disso já não temia mais aqueles espelhos como outrora. Parece que finalmente os espelhos nos colocariam a prova que estava destinada a fazer. A escolha que tanto falavam não seria aquela no terraço, pois as escolhas já estavam feitas. Aqui, diante destes espelhos amaldiçoados faríamos a ultima escolha...



Laura – Então aqui estão eles novamente... E agora?

Victor – Devemos escolher um deles?

Anjo branco – Sim.

Samuel – Isso nos levará a Flauros?

- Flauros nada tem a ver com isso. Aqui nos temos três opções. Se entrarem neste espelho (Inferno) Acordará em algum lugar há sete anos sem lembrar nada disso. Aqui (purgatório), Voltam à vida anterior e lembrar-se-á de tudo, mas jamais poderão se encontrar novamente. E aquele (céu) é a porta da liberdade. Tudo o que sempre quiseram saber sobre o que esta acontecendo... Mas o preço é a morte.

Pareciam bem claro nossas escolhas e todas de certo modo eram tentadoras... Há sete anos eu era uma garota feliz de 13 anos que tinha uma família e toda a vida pela frente. Voltar à vida anterior? Talvez a menos tentadora delas, pois não sei se conseguiria ficar longe de meus anjos guardiães e sobrevivendo um dia de cada vez. Saber a verdade valeria o preço da minha vida que tanto lutei para manter? E depois, havia outra vida em meu ventre que eu não poderia abandonar... E claro que meu filho era um simbolismo para todas as pessoas que ainda lutam lá embaixo, na Nova York devastada que restou.

- E o que acontece com os sobreviventes La fora?

- Ficarão aqui.

- Eu não acho isso justo... Não sei o que é o poder de um Flauros, mas apesar de tudo o que eu vi e muitas vezes odiar a humanidade, eu acredito que ela tenha uma chance. Por mais que as pessoas desistam de si mesmas, eu não quero desistir delas. Esta é a nossa realidade e se houver uma mínima chance de salva-la, nem que seja para um recomeço... Não sei nada sobre esse poder que tenho, mas com ou sem ele, quero ajudar este mundo. Pode parecer um tanto Utópico, mas o que eu quero é salvar o que ainda resta de bom aqui. Não adianta nos salvarmos se deixamos toda a realidade em que nascemos para trás.

Eu já tinha feito a minha escolha... Escolhi a quarta opção. Ficar e lutar. Samuel também fez a sua...

- Eu vi muita coisa ruim nesta realidade. Vi o lado mais cruel do ser humano. Mas também vi a nobreza nos olhos dos homens. Coisa que eu nunca tinha visto em toda a minha vida. É algo pelo que vale a pena lutar.

- E você Victor?

- Vou ficar.

- Sabem que não terão mais essa oportunidade não é?

- Como podemos abdicar da esperança?

Jeremy vai até uma janela, onde se vê a velha Nova York destruída se estendendo muito além de seus limites.

- Realmente vão ficar aqui?



Dirijo-me a janela e contemplo a minha escolha... Não haverá volta.

- Precisamos fazer o que for necessário.

Ele se dirige ao espelho céu, colocando a mão sobre a borda...

- toda a verdade que sempre buscaram...

Ele empurra o espelho que cai no chão, se partindo em mil pedaços... A sensação de perda é inevitável. Mesmo que eu já tenha escolhido, não consigo deixar de pensar no que perdi com aquele espelho. Ele se dirige ao purgatório e faz o mesmo com ele... Destrói-se ao bater no chão. Ele se dirige ao inferno, ao mais tentador dos espelhos, o retorno ao passado... Preciso muita força de vontade para não dar um passo na direção dele, mas uma única olhada para baixo, para meu ventre é o suficiente para me lembrar do porque ficar.

- Fico feliz pelas escolhas que fizeram... A minha jornada aqui acabou.

Ele entra no Espelho inferno... Parece que Jeremy fez a escolha dele também. Samuel vai até lá e nos olha como se nos perguntasse pela ultima vez sobre a nossa decisão. Vendo em nossos olhos o que precisava, Empurrava o ultimo dos espelhos que também se partia em milhares de pedaços. O chão parecia um mosaico de vidros partidos.

Olhei para a janela e contemplava o nosso presente nada promissor. Pensava de porque simplesmente não deixar os espelhos ali... Porque o anjo branco os quebrou. Agora penso que foi melhor, pois viveríamos com a tentação eterna minando nossa determinação. Sem mencionar que Flauros poderia usar isso para acabar com outras existências e já basta esta realidade para ele. Novas sociedades se ergueriam e nada seria como antes, mas isso já não me importava. O que eu precisava estava bem ali. Ainda segurava a mão de Samuel quando nos dirigíamos à saída e apesar de agora saber que amo Samuel, Gabriela que é o amor dele... Vou sofrer, mas fico verdadeiramente feliz por eles... Precisarão muito do amor um do outro para sobreviver. Victor, o cara de poucas palavras tirou a sorte grande ao encontrar Tamara e agora tinha alguém também... Eu terei a meu filho para amar e proteger e por enquanto isso bastará.




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