BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

DIA 26 DE MAIO DE 2006




DIA 26 DE MAIO DE 2006




Despertei no mesmo quarto onde supostamente apaguei. Não havia sinal do garoto em que atirei... Quando me lembrei disso, o remorso veio com toda a força. Lagrimas saiam descontroladas e tudo que conseguia lembrar era eu apontando aquela arma para uma criança. O que eu fiz? Porque cedi aos desejos de um homem perturbado ao invés de seguir os meus preceitos? A criança alertou que haveria conseqüências... Joseph não tinha a memória do acontecido na praça e no quarto. Ele partiu para cima de mim, provavelmente querendo me espancar até morrer quando soube que eu o matei... Talvez nem o tenha matado, mas todos ali repetiam o fato irrevogável... Joseph pediu que o matassem. Não ligava se ele ia me bater, eu pensava até que merecia. Fui o carrasco e poderia não ter sido... Talvez a sociedade tenha razão, sou uma assassina e deveria ser presa... Agora matei por minha vontade... Nada justifica tirar uma vida. O Único consolo é que talvez eu tivesse livrado a humanidade de algo pior, mas isso não era o bastante.




O espelho INFERNO era nosso, assim como o PURGATÒRIO que tal qual uma criança travessa, voltava para nós depois de pregar uma peça... Devidamente encostado no carro em que viemos. Partimos de lá e já passava em muito do horário que deveríamos ter saído, mas nada que o dinheiro não resolva certo?




Os Soldados que lá estava pareciam meio assustados, isso era obvio. Estávamos em estado deplorável, num carro quase destruído de ferrugem e com expressões que não eram nada convidativas. Passando o entreposto, procuramos um albergue para nos livrar de toda aquela sujeira acumulada no corpo e para uma noite sem sonhos. Certifiquei-me com alguns dólares que a mulher, a dona do albergue, não nos visse e não nos perturbasse durante o dia... Parece que finalmente estou me adaptando a este grupo de amaldiçoados... Não importa mais o que aconteça, minha família esta bem aqui e é a eles que desejo o melhor. Peter... Onde quer que esteja eu espero que sua alma encontre a paz.

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