BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

DIA 22 DE ABRIL DE 2006

DIA 22 DE ABRIL DE 2006



Tirando um erro de Peter ao tentar comprar melhoramentos para as armas (Quase “brincamos” de polícia e ladrão novamente), nos encontramos com o homem misterioso na biblioteca nacional. Em verdade, me sentia uma policial entrando disfarçada num local hostil (Sim, eu li muito romance policial), dado a todo o aparato que estava usando, até colete à prova de balas! Pude comprovar que é melhor ser a leitora do que a personagem policial.


A conversa se iniciou na biblioteca e se estendeu até um restaurante onde conversaríamos mais. Irei resumir a conversa, pois não lembro toda ela. Um gravador parece que pode começar a ser útil para uma melhor descrição das informações. Mas enquanto isso vai o resumo:



O nome era Lone Dayle. Um homem de meia idade, aparentemente bem sucedido e de posses. Afirma ser um amigo de Gaspar e, além disso, um companheiro de trabalho na época que o próprio Gaspar fazia serviços para o governo. Atualmente Lone não trabalhava mais para a CIA. Ele conhecia uma parte do projeto de Gaspar e parecia já ter vivenciado algumas experiências na realidade “A”. Ao que parece, Gaspar e Lone tinham um objetivo comum, mas formas diferentes de pensar em como chegar a uma conclusão. Gaspar cairia no submundo enquanto Lone se tornava agente do governo. Compreendi que Lone não poderia fazer determinados sacrifícios que Gaspar fez em prol de sua teoria e não tiro a razão dele... Gaspar descobriu muita coisa, mas custou muito caro, enquanto Lone fazia seus progressos mais lentos e seguros. O Objetivo dele ali era a troca de informações. Ele queria saber até onde sabíamos e em contrapartida nos ajudaria com os seus recursos que pareciam bem generosos, para terminar o que Gaspar começou.




Apesar da desconfiança habitual, Concordamos em dividir o pouco que sabíamos principalmente Peter que logo criou afinidades com Lone. Contamos as descobertas de Gaspar e sobre os espelhos. Foi aí que pude comprovar a sabedoria do homem. Ele levantou a hipótese de ter outra escolha a fazer e nos questionou se reunir os espelhos era uma motivação válida. Samuel mais uma vez com o tal filho dele e Peter com sua promessa. Sorte ele não perguntar nada a mim, pois eu teria dito que concordava com ele... Não tinha nenhum motivo para perseguir estes espelhos, a não ser proteger os meus salvadores e guardiões de si mesmos quando à hora chegasse...



Logo não seria mais seguro continuar aquela conversa, então nos separamos. Lone nos deu seu numero para contato para caso a gente precisasse de ajuda, e logo ela seria inestimável.



Não houve maiores problemas durante os dias que passaram entes de embarcar no navio para a Europa. Trabalhei novamente para testar o disfarce que ainda não me decepcionara. Tentei me aproximar de Samuel, fazer parte da vida dele de uma forma mais positiva. Fico feliz em registrar que acredito ter sido bem sucedida em compreendê-lo um pouco mais. Peter parecia se aprofundar na física quântica ou sei lá o que e Lone o ajudava neste processo. Victor estava na luta diária para manter-se bem e sóbrio. Samuel retomava os estudos ocultistas e eu ajudava no que podia... Um pequeno período de paz e cotidiano que sempre fazia bem para nós. É bom se lembrar que é humano de vez em quando... Ainda mais no nosso caso.



Passadas as três semanas, no dia dez de Maio, embarcamos no Navio de Manuel rumo a Europa. O Irônico que não fazia nem quatro meses que cheguei aos Estados Unidos vinda da Europa e agora fazia o caminho contrário... Perguntava-me se estaria preparada para talvez voltar à Irlanda e encarar a família que me abandonou a própria sorte... Isso teria que esperar...

encontro na biblioteca


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