DIA 25 DE DEZEMBRO DE 2006
DIA 25 DE DEZEMBRO DE 2006
ESPERANÇA
Quando comecei a recobrar os sentidos, havia perdido completamente a noção de tempo. Abri os olhos muito devagar e vi aquele mesmo teto do quarto no qual eu acabava de lembrar que estava em trabalho de parto. Estava tudo escuro, parecia noite La fora. Eu não tinha a menor idéia de quanto tempo se passou. Minhas reações estavam lentas, como se toda a minha energia de vida tivesse sido sugada. Não havia mais dor, como se o corpo se resignasse e me desse uma trégua do que poderia estar acontecendo de ruim com ele. Tentei levantar, mas o corpo não me obedecia. Tentei mais e só consegui movimentos curtos e lentos como mexer a cabeça, erguer um pouco os braços, mas foi só. A voz saiu fraca quando tentei chamar alguém. Precisava saber o que tinha acontecido.
A porta para o corredor se abriu um pouco e um menino espiou por ela. Quando me viu acordada, saiu rapidamente deixando a porta entreaberta, não me dando tempo para maiores reações. Em questão de segundos, Samuel rompeu sala adentro seguido de Victor e Tamara. Pareciam preocupados, perguntando como eu me sentia. Fora a fraqueza eu estava bem, mas ia precisar de muito tempo para o corpo voltar a funcionar decentemente. Pedi que me explicassem o que eu tinha perdido. Parecia que estava desacordada desde a noite anterior e que havia risco de que eu não acordasse mais. Todas as minhas preocupações acabaram quando ela chegou...
O doutor Jonh entrou seguido de Tamara. Eles chegaram perto e certificando-se que eu realmente estava viva, sorriram timidamente. “Alguém aqui quer te ver” disse Tamara e abriu caminho para a passagem de Gabriela. Ela tinha alguém nos braços, enrolado em um tecido rosado. Foi um momento único ver uma pequena mãozinha erguendo do tecido, como se quisesse chamar a minha atenção e começou a chorar. Gabriela veio mais perto...
- Parabéns Laura... É uma linda menina. Nasceu forte e com fome. Venham aqui, ajudem a mãe para que ela possa alimentar a sua filha.
Samuel e o Doutor me ajudaram a sentar e quando me senti forte o bastante, Segurei minha filha pela primeira vez. Deixei-a mais confortável em meu colo e logo ela parou de chorar. Foi engraçado que só quando a abracei mais apertado, senti o peso e o tamanho maior de meus seios e sorri. Num gesto que parece passado geneticamente de mulher para mulher, levantei uma parte da roupa que ainda usava, deixando um seio a mostra. A menina não perdeu tempo... Sentindo o meu cheiro e o calor de minha pele, logo estava sugando com força o leite materno. A sensação é indescritível. Era como se eu recuperasse minhas forças a cada gota de leite que minha filha tomava. Lembraria daquele momento como uma foto que nunca pode ser tirada. Todos em minha volta, como se estivesse apreciando aquele momento tanto quanto eu o nosso pequeno milagre vivo em meus braços.
O doutor se afastou em um determinado momento. “Vou providenciar algumas coisas e dar as boas novas aos seus amigos.
- A linda garotinha já tem nome?
Olhei para cada um deles... Parei o olhar em Samuel e sorri. Olhei para minha menina e ela tinha parado de mamar e seus olhos me fitavam ligeiramente aberto, mas o suficiente para ver o azul cintilando levemente com a luz.
- Já tem e não poderia ser outro... Ela é a salvação deste mundo, minha nova razão de viver e a crença de um futuro melhor, então que seja assim o nome pelo qual deve ser conhecida... Esperança Mc`Cloud seja bem vinda!
Quando comecei a recobrar os sentidos, havia perdido completamente a noção de tempo. Abri os olhos muito devagar e vi aquele mesmo teto do quarto no qual eu acabava de lembrar que estava em trabalho de parto. Estava tudo escuro, parecia noite La fora. Eu não tinha a menor idéia de quanto tempo se passou. Minhas reações estavam lentas, como se toda a minha energia de vida tivesse sido sugada. Não havia mais dor, como se o corpo se resignasse e me desse uma trégua do que poderia estar acontecendo de ruim com ele. Tentei levantar, mas o corpo não me obedecia. Tentei mais e só consegui movimentos curtos e lentos como mexer a cabeça, erguer um pouco os braços, mas foi só. A voz saiu fraca quando tentei chamar alguém. Precisava saber o que tinha acontecido.
A porta para o corredor se abriu um pouco e um menino espiou por ela. Quando me viu acordada, saiu rapidamente deixando a porta entreaberta, não me dando tempo para maiores reações. Em questão de segundos, Samuel rompeu sala adentro seguido de Victor e Tamara. Pareciam preocupados, perguntando como eu me sentia. Fora a fraqueza eu estava bem, mas ia precisar de muito tempo para o corpo voltar a funcionar decentemente. Pedi que me explicassem o que eu tinha perdido. Parecia que estava desacordada desde a noite anterior e que havia risco de que eu não acordasse mais. Todas as minhas preocupações acabaram quando ela chegou...
O doutor Jonh entrou seguido de Tamara. Eles chegaram perto e certificando-se que eu realmente estava viva, sorriram timidamente. “Alguém aqui quer te ver” disse Tamara e abriu caminho para a passagem de Gabriela. Ela tinha alguém nos braços, enrolado em um tecido rosado. Foi um momento único ver uma pequena mãozinha erguendo do tecido, como se quisesse chamar a minha atenção e começou a chorar. Gabriela veio mais perto...
- Parabéns Laura... É uma linda menina. Nasceu forte e com fome. Venham aqui, ajudem a mãe para que ela possa alimentar a sua filha.
Samuel e o Doutor me ajudaram a sentar e quando me senti forte o bastante, Segurei minha filha pela primeira vez. Deixei-a mais confortável em meu colo e logo ela parou de chorar. Foi engraçado que só quando a abracei mais apertado, senti o peso e o tamanho maior de meus seios e sorri. Num gesto que parece passado geneticamente de mulher para mulher, levantei uma parte da roupa que ainda usava, deixando um seio a mostra. A menina não perdeu tempo... Sentindo o meu cheiro e o calor de minha pele, logo estava sugando com força o leite materno. A sensação é indescritível. Era como se eu recuperasse minhas forças a cada gota de leite que minha filha tomava. Lembraria daquele momento como uma foto que nunca pode ser tirada. Todos em minha volta, como se estivesse apreciando aquele momento tanto quanto eu o nosso pequeno milagre vivo em meus braços.
O doutor se afastou em um determinado momento. “Vou providenciar algumas coisas e dar as boas novas aos seus amigos.
- A linda garotinha já tem nome?
Olhei para cada um deles... Parei o olhar em Samuel e sorri. Olhei para minha menina e ela tinha parado de mamar e seus olhos me fitavam ligeiramente aberto, mas o suficiente para ver o azul cintilando levemente com a luz.
- Já tem e não poderia ser outro... Ela é a salvação deste mundo, minha nova razão de viver e a crença de um futuro melhor, então que seja assim o nome pelo qual deve ser conhecida... Esperança Mc`Cloud seja bem vinda!
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