BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

sábado, 18 de outubro de 2008

20/01/2006

20/01/2006

O grupo se divide, um oceano dividindo homens e mulheres que durante anos, meses, dias, uniram-se para confrontar o mais terrível inimigo, sua própria consciência... Joseph, Liana e Samuel chegam ao Aeroporto Internacional de Lisboa. O clima frio e a névoa incomum nessa época do ano dão as boas vindas aos três. Na alfândega, tudo segue conforme Antony prometera a Samuel. Eles saem do Aeroporto e pegam um táxi. Samuel, o único do grupo que fala português, diz ao motorista para irem a um hotel próximo ao Porto de Lisboa. O plano é aguardar o capitão Manoel Elias, homem de confiança de Antony que ficou responsável pelo transporte dos “equipamentos” que não passariam em nenhum tipo de fiscalização.
Três dias se passam, Apenas Samuel sai do quarto do humilde hotel para buscar o necessário para sobreviver, o plano é ficar menos expostos possível. Durante três dias, eles planejam a melhor forma de chegar a Roma, enquanto aguardaram os equipamentos. Samuel e Joseph vão até o porto para encontrar o capitão enquanto Liana fica no hotel. Depois de algumas horas caminhando entre as docas, eles finalmente o encontram.
Samuel falando baixo pergunta: – Capitão Elias?
Um homem magro na casa dos Quarenta anos de face dura, careca e barba expessa e negra responde: – Sim?
Samuel: – Me chamo Samuel.
Capitão: – Ahhh, pois... O Carregamento...
Samuel acena com a cabeça positivamente.
Capitão: – Trouxe o dinheiro?
Samuel coloca sua mão dentro do sobretudo e segura uma quantia significativa em dinheiro: – Quanto é mesmo?
Capitão: – 20 mil, em Euros
Samuel: – Importasse se eu pagar em dólares? Não troquei ainda todo o dinheiro, é uma quantia alta.
Capitão – Sem problemas, mas tem acréscimos...
Samuel: – Ok, aqui está... Acho que tem o suficiente. Como faço pra sair com tudo isso do porto?
Capitão: – Isso é por minha conta.
Samuel entrega o dinheiro ao homem que em seguida pede para outros dois que coloquem a caixa dentro de um caminhão. Joseph e Samuel saem do porto e aguardam a carga no endereço indicado próximo. Chegando ao local indicado pelo Capitão, o trio se depara com uma fruteira. Uma senhora pouco educada diz:
- Vai lá pros fundos que daqui a pouco caminhão chega.
Cinco minutos e o caminhão para, dois homens descem do caminhão, descarregam uma cixa.
Samuel olha para um deles enquanto largam a caixa no chão e pergunta: – Como faço para entrar em contato com o capitão, caso precise falar com ele?
O homem sem muita paciência pega um pedaço de papel amassado do bolso, e com uma caneta que repousava atrás da orelha começa a escrever, logo ele entrega o papel a Samuel e diz:
- Esse é o cartão dele.
Samuel diz ao mesmo tempo em que entrega o papel a Joseph: – Obrigado.
Joseph lê o papel e diz: – Vamos voltar para o hotel.
Samuel: – Como vamos fazer com nossas coisas?
Joseph: - Vamos ocultar do jeito que for melhor e sair daqui o mais rápido possível.
Samuel vai a uma loja de variedades no mesmo quarteirão e compra bolsas de viagem.
No hotel Joseph e Samuel conferem a carga enquanto Liana estuda estradas e rotas para chegarem até o destino final na Itália. Após alguns minutos liana sentada sobre a cama com um mapa aberto diz:
- Vamos pegar um trem até Barcelona. Depois seguimos de navio até Roma.
Joseph e Samuel concordam com a idéia e os três se preparam para sair do hotel ainda hoje. Nesse momento o notebook de Samuel que estava ligado sobre a mesa do quarto emite um som de alerta de e-mail recebido.
Samuel apressadamente vai até o computador, depois de dois cliques diz: – Droga!
Liana: – O que foi?
Samuel: – Antony me mandou um E-mail. Ele diz aqui que leu nos memorandos da CIA que a Interpol sabe sobre nossa entrada em Lisboa. As fotos que tiramos no aeroporto estão com eles agora!
Joseph: – Maldição! E agora, o que vamos fazer? Eles sabem que estamos aqui.
Samuel: – Nós temos apenas alguns dias até que os trâmites burocráticos sejam efetuados. Tecnicamente a CIA não pode entrar aqui na União Européia sem permissão.
Joseph: – A CIA tem vários escritórios na Europa. Logo eles vão nos achar.
Liana: – Mas talvez o modo de operação deles seja diferente aqui..
Samuel: – Esse não é o problema maior.
Joseph: – Como assim?
Samuel: – E se a Igreja Católica sabe o que a CIA sabe? É possível que a Igreja já saiba que estamos aqui.
Joseph: – Vamos torcer pra que você esteja errado Samuel, porque senão teremos muitos problemas pela frente.
Samuel: – Sim... Vamos torcer.
Todos sentem que agora as coisas podem ter um derradeiro fim. Eles estão indo no caminho em que ninguém, em sã consciência, ousaria ir. A Verdade? Eles sabem uma pequena porção da Verdade, mas não o suficiente para salvar suas almas. Roma... Todos a tem como a Cidade Santa por comportar em uma pequena porção de terra independente o Escolhido por Deus para pregar Sua Verdade. É irônico... Para os Três, Roma representa totalmente o contrário. Roma representa o primeiro caminho para a queda. Roma é o Portão do Inferno para Joseph, Liana e Samuel... Um Oceano...



AEROPORTO DE LISBOA
CAPITÃO

O EQUIPAMENTO CAMUFLADO


Um comentário:

Anônimo disse...

hehehehe! Olha só ae o capitão !!

Eu sempre curto as fotos no fim do texto!!!