Diário de Peter 20/11/2005
Ser acordado com um soco no rosto... Esta frase descreve como estou me sentindo, caro Ezequiel. Ser acordado a socos, jogado de cara no chão e ter uma bota pressionando a minha cabeça sem nenhuma reação. Assim estou agora, Ezequiel.
Todas as pessoas querem descobrir a verdade, todos querem saber o segredo do universo. Se tu abordar um desconhecido e lhe perguntar: Queres continuar tua vida normalmente ou queres que eu te conte a verdade? Ninguém exita em responder “a verdade”. Todos acham que a verdade é perfeição, é Deus, é o paraíso eterno... Mas não! A verdade é algo horrível, horrível, horrível... Eu tento entender o que nos leva a achar que a verdade é a perfeição, pois ela é justamente o oposto disso tudo!
Você quer saber o que é a verdade, Ezequiel? A verdade é aquele ser que eu presenciei no meu quarto. Nada pode ser mais verdadeiro que aquela criatura que de tão demoníaca me causa pavor até agora. A verdade é os desconhecidos tentando nos matar ou a mancha daquela foto, essas são as a únicas realidades do mundo.
A vida é uma cadeia de átomos organizados de forma magnífica. A perfeição da vida nos leva a crer que a realidade também é perfeita. Porém, esquecemos é o universo a nossa volta é o caos. Existe só uma forma de se estar vivo e um trilhão de formas de se estar morto. A morte é a realidade.
Ainda não sei como eu vim parar aqui. No entanto, sei que no fim de tudo não faz muita diferença saber ou não saber a verdade. A única diferença é que nós (que sabemos) somos torturados sem anestesia, já os habitantes da pequena Billigs estão anestesiados, vendo o jornal na tv.
Aqui vai um pequeno pedaço de verdade:
Uma bela manhã de sol, eu abro a porta e um homem completamente desequilibrado entra me apontando uma arma. Durante a discussão, descubro que tal homem conhece meu pai e que necessita muito falar com ele. Contudo, já era tarde, meu pai havia morrido há poucos dias. O homem então guardou a arma, se apresentou como Samuel. Eu me dispus a ir com ele ao necrotério para o reconhecimento do corpo.
No necrotério acabo me separando de Samuel e agentes do governo me interrogam e revelam que meu pai trabalhava para projetos secretos. Depois eles me mandam ficar no hotel sem sair da cidade até eu ter autorização.
Descumprindo todas as ordens governamentais, eu reencontro Samuel e conversamos muito e a partir de então começo a conhecer pequenos fragmentos sobre relatos da verdade: aparições, sonhos, demônios, pessoas perseguidas, sociedades secretas, governo repressor, dimensões paralelas e etc... Uma sombra me persegue, Ezequiel. Antes mesmo de eu ter nascido, a sombra já me perseguia. Hoje, a cada dia que passa, ela me persegue mais e mais.
Certa noite eu presenciei um fato abominável. Eu vi um enorme demônio surgir no meu quarto, tomar Samuel (em total desespero) e levá-lo consigo. Samuel retornou completamente nu dois dias depois, sem lembrar de como voltou. Aquela cena foi tão apavorante que minha pobre mente ainda tenta apagá-la da memória para evitar traumas e pesadelos. Mas sabe Ezequiel, eu até prefiro ter pesadelos a ter sonhos bons, pois não existe nada pior que ter um ótimo sono e depois abrir os olhos nesse inferno de vida.
Todas as pessoas querem descobrir a verdade, todos querem saber o segredo do universo. Se tu abordar um desconhecido e lhe perguntar: Queres continuar tua vida normalmente ou queres que eu te conte a verdade? Ninguém exita em responder “a verdade”. Todos acham que a verdade é perfeição, é Deus, é o paraíso eterno... Mas não! A verdade é algo horrível, horrível, horrível... Eu tento entender o que nos leva a achar que a verdade é a perfeição, pois ela é justamente o oposto disso tudo!
Você quer saber o que é a verdade, Ezequiel? A verdade é aquele ser que eu presenciei no meu quarto. Nada pode ser mais verdadeiro que aquela criatura que de tão demoníaca me causa pavor até agora. A verdade é os desconhecidos tentando nos matar ou a mancha daquela foto, essas são as a únicas realidades do mundo.
A vida é uma cadeia de átomos organizados de forma magnífica. A perfeição da vida nos leva a crer que a realidade também é perfeita. Porém, esquecemos é o universo a nossa volta é o caos. Existe só uma forma de se estar vivo e um trilhão de formas de se estar morto. A morte é a realidade.
Ainda não sei como eu vim parar aqui. No entanto, sei que no fim de tudo não faz muita diferença saber ou não saber a verdade. A única diferença é que nós (que sabemos) somos torturados sem anestesia, já os habitantes da pequena Billigs estão anestesiados, vendo o jornal na tv.
Aqui vai um pequeno pedaço de verdade:
Uma bela manhã de sol, eu abro a porta e um homem completamente desequilibrado entra me apontando uma arma. Durante a discussão, descubro que tal homem conhece meu pai e que necessita muito falar com ele. Contudo, já era tarde, meu pai havia morrido há poucos dias. O homem então guardou a arma, se apresentou como Samuel. Eu me dispus a ir com ele ao necrotério para o reconhecimento do corpo.
No necrotério acabo me separando de Samuel e agentes do governo me interrogam e revelam que meu pai trabalhava para projetos secretos. Depois eles me mandam ficar no hotel sem sair da cidade até eu ter autorização.
Descumprindo todas as ordens governamentais, eu reencontro Samuel e conversamos muito e a partir de então começo a conhecer pequenos fragmentos sobre relatos da verdade: aparições, sonhos, demônios, pessoas perseguidas, sociedades secretas, governo repressor, dimensões paralelas e etc... Uma sombra me persegue, Ezequiel. Antes mesmo de eu ter nascido, a sombra já me perseguia. Hoje, a cada dia que passa, ela me persegue mais e mais.
Certa noite eu presenciei um fato abominável. Eu vi um enorme demônio surgir no meu quarto, tomar Samuel (em total desespero) e levá-lo consigo. Samuel retornou completamente nu dois dias depois, sem lembrar de como voltou. Aquela cena foi tão apavorante que minha pobre mente ainda tenta apagá-la da memória para evitar traumas e pesadelos. Mas sabe Ezequiel, eu até prefiro ter pesadelos a ter sonhos bons, pois não existe nada pior que ter um ótimo sono e depois abrir os olhos nesse inferno de vida.
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