DIA 15 DE SETEMBRO DE 2006; NOVO MUNDO, 101º DIA
DIA 15 DE SETEMBRO DE 2006; NOVO MUNDO, 101º DIA
Samuel, Peter e Craig começariam a dura vida de um militar em um mundo destruído. Seus cabelos seriam raspados, em seguida banhos de água fria e logo eles seriam transformados em soldados... Pelo menos era o que eles queriam. Samuel estava muito concentrado em não permitir que o transformassem, focando seus pensamentos em resistir e perseverar. Victor mal percebeu as primeiras provações, afinal para alguém que foi mendigo, sobreviver e resistir eram naturais em sua pessoa. Seria o primeiro dia de muitos como aqueles e muita coisa aconteceria com eles... Mas por enquanto, vamos deixar Laura contar à parte que lhe cabe, pois aposto que será uma historiam deveras interessante e relevante aos acontecimentos.
ALA FEMININA; LAURA E GABRIELA
Lembro que acordei no dia seguinte como se não tivesse dormido nada. Aquela sensação de fechar os olhos e ao abri-los já é de manha. Lembrei de onde estava e meu sangue ferveu novamente. Sempre prezei a liberdade de ir e vir e essa situação me lembravam muito meus anos em um sanatório, quando perdi o melhor de minha juventude. Meu humor estava péssimo, aquele conformismo nestas mulheres era uma facada no estomago e tinha ainda a presença de Gabriela ali... Porque isso me incomodava tanto? Eu precisava ficar feliz pelo Samuel, afinal ele poderia encontrar a mulher dele ali... Mas eu me sentia enganada pelo destino. Afinal, ele pode ter feito um filho em mim... Talvez não consciente, mas fez... Sabe o que realmente me irritava? Perceber que o que eu sentia eram realmente ciúmes. Eu estava gostando de Samuel mais profundamente do que eu esperava.
Um soldado veio nos trazer comida... Sanduíches e água. Grande refeição para as putas parideiras deles! Minha raiva era quase palpável quando Gabriela se aproximou para continuar a conversa.
Gabriela - Samuel não te falou nada?
Laura - A respeito de que?
- Ele não vai vir aqui? Não vieram preparados? Nem um plano B?
- Nós nem esperávamos encontrar gente... Quanto mais um exército organizado. Mas ele já deve estar pensando em alguma coisa para nos tirar dessa. Para falar a verdade, eu também.
- Se nos organizarmos, poderemos sair daqui.
- Sim, mas será que podemos contar com alguma delas?
- Claro que podemos. Eu trabalhei na CIA. Sei como motivá-las.
- Sem mencionar os outros conhecimentos...
- Com certeza... E o que você sabe?
- Sobrevivi ao lado de Samuel em uma boa parte das “Aventuras” dele... E agora são minhas também.
(Sorrindo ironicamente) – Aventuras? É assim que ele chama isso agora?
- Eu chamo assim... Manias de bibliotecária.
Teria ela percebido o meu mau humor e meu sarcasmo? Foi agente da CIA afinal de contas...
- Qual a sua historia?
- É muito longa. Eu conheci Samuel na adolescência... Fizemos amor e eu fiquei grávida, mas ele não sabia. O tempo passou e resolvi procurá-lo para contar a ele... Conhecer o filho. Mas infelizmente algumas pessoas fizeram o possível para evitar que isso acontecesse.
- Pode ser mais específica?
- Sei lá o que eram. Governo, sociedade secreta... Não sei.
- Como você passou pelo fim do mundo?
- Bom, eu passei muito tempo procurando o Samuel e estava hospedada em um hotel de Nova York e então tudo aconteceu... Da mesma forma que vocês.
- Foi pior que antes... Porque realmente acabou. Esta não é mais uma realidade alternativa é o verdadeiro fim dos tempos. Estes soldados não têm a menor idéia do que esta acontecendo.
- Nem nós sabemos o que acontece... Pensamos que sabemos o que acontece.
- Prefiro pensar que sei o suficiente e não pensar no que eu não sei...
- O que há de errado com você?
- Como assim? O que você quer dizer?
- O que espera que eu faça?
- Nada. Não fez nada antes, porque faria agora?
- Como você pode dizer isso? Você nem me conhece. Não sabe o que eu já fiz.
- Nem você sabe o que eu fiz.
- Você é uma fedelha... Nova demais para saber ou fazer algo.
- Há! Eu vivi bem mais que você, pode acreditar!
- Há quanto tempo está nessa?
- Andando com eles? Uns sete meses.
- Estou nisso há dez anos.
- Eu não estou contando toda a merda na minha vida antes de conhecê-los, mas acho que isso não conta para você não é?
-Acho que você não devia me julgar.
Percebo que talvez esteja descontando minhas frustrações na pessoa errada...
- Tem razão. Acredito estar ficando nervosa por causa desta situação. Para alguém que sempre foi livre é difícil entende? Me de um tempo.
- Tempo é o que não falta aqui.
- Não para mim... Não quero que meu filho nasça aqui.
- Quem é o pai da criança?
Esse assunto esta indo para um lado perigoso... O que dizer agora? Talvez seja de Samuel? Não!
- Eu bem que gostaria de saber...
- Como assim?
- Eu vou tentar resumir... Deve saber sobre a realidade, as criaturas e todo o resto certo?
- Sim... Um pouco.
Eu contei a minha história para ela... Os pesadelos, meus quinze anos, o sanatório, a gravidez forçada... Toda ela de forma resumida.
- Acha que eu estou louca?
- Eu não acho nada...
- Samuel pode falar melhor do que eu... Você por acaso sabe alguma coisa de seu filho? Pois eu digo que é melhor não ficar sabendo...
- Por quê? Sabe de alguma coisa?
- Sei... Mas é melhor Samuel contar. Mas ele estava bem até onde sei. Por acaso sabia o que Samuel andava fazendo antes?
- Sei que ele procurava o nosso filho, só isso.
- O que posso dizer que ele esta bem em algum lugar. Ainda estamos procurando. Pensemos juntas em algo para sair daqui e então podemos continuar a procurar.
- Isso não acontecerá da noite para o dia... Precisamos convencê-las.
Isso era verdade. Nossos esforços foram para convencer as mulheres a não aceitar mais esta escravidão e reagir. Seria um trabalho longo, mas era só o que tínhamos. Esperava-se que logo conseguíssemos contato com os homens para armar o contra golpe... Era tudo questão de paciência...
ENQUANTO ISSO, OS HOMENS...
Samuel e Victor estavam sendo duramente testados. Primeiro os testes físicos, onde correr e flexões eram apenas o começo. Depois disso, Um teste psicológico de confiança no melhor estilo Guilherme Tell, onde um homem precisava confiar a ponto de permitir que atirassem em uma lata colocada em cima da cabeça. Samuel foi o primeiro a ter a lata e Victor foi convidado a atirar, mas recusou... O que foi Sábio da parte dele, pois não era um atirador. Um soldado chamado James pegou a arma para mostrar aos novatos como se fazia... Errou a lata e para nosso alívio, também errou Samuel. Nosso herói sugere inverter as posições e com um belo tiro na lata colocada na cabeça de James, prova de uma vez que não deve ser subestimado.
Samuel, Peter e Craig começariam a dura vida de um militar em um mundo destruído. Seus cabelos seriam raspados, em seguida banhos de água fria e logo eles seriam transformados em soldados... Pelo menos era o que eles queriam. Samuel estava muito concentrado em não permitir que o transformassem, focando seus pensamentos em resistir e perseverar. Victor mal percebeu as primeiras provações, afinal para alguém que foi mendigo, sobreviver e resistir eram naturais em sua pessoa. Seria o primeiro dia de muitos como aqueles e muita coisa aconteceria com eles... Mas por enquanto, vamos deixar Laura contar à parte que lhe cabe, pois aposto que será uma historiam deveras interessante e relevante aos acontecimentos.
ALA FEMININA; LAURA E GABRIELA
Lembro que acordei no dia seguinte como se não tivesse dormido nada. Aquela sensação de fechar os olhos e ao abri-los já é de manha. Lembrei de onde estava e meu sangue ferveu novamente. Sempre prezei a liberdade de ir e vir e essa situação me lembravam muito meus anos em um sanatório, quando perdi o melhor de minha juventude. Meu humor estava péssimo, aquele conformismo nestas mulheres era uma facada no estomago e tinha ainda a presença de Gabriela ali... Porque isso me incomodava tanto? Eu precisava ficar feliz pelo Samuel, afinal ele poderia encontrar a mulher dele ali... Mas eu me sentia enganada pelo destino. Afinal, ele pode ter feito um filho em mim... Talvez não consciente, mas fez... Sabe o que realmente me irritava? Perceber que o que eu sentia eram realmente ciúmes. Eu estava gostando de Samuel mais profundamente do que eu esperava.
Um soldado veio nos trazer comida... Sanduíches e água. Grande refeição para as putas parideiras deles! Minha raiva era quase palpável quando Gabriela se aproximou para continuar a conversa.
Gabriela - Samuel não te falou nada?
Laura - A respeito de que?
- Ele não vai vir aqui? Não vieram preparados? Nem um plano B?
- Nós nem esperávamos encontrar gente... Quanto mais um exército organizado. Mas ele já deve estar pensando em alguma coisa para nos tirar dessa. Para falar a verdade, eu também.
- Se nos organizarmos, poderemos sair daqui.
- Sim, mas será que podemos contar com alguma delas?
- Claro que podemos. Eu trabalhei na CIA. Sei como motivá-las.
- Sem mencionar os outros conhecimentos...
- Com certeza... E o que você sabe?
- Sobrevivi ao lado de Samuel em uma boa parte das “Aventuras” dele... E agora são minhas também.
(Sorrindo ironicamente) – Aventuras? É assim que ele chama isso agora?
- Eu chamo assim... Manias de bibliotecária.
Teria ela percebido o meu mau humor e meu sarcasmo? Foi agente da CIA afinal de contas...
- Qual a sua historia?
- É muito longa. Eu conheci Samuel na adolescência... Fizemos amor e eu fiquei grávida, mas ele não sabia. O tempo passou e resolvi procurá-lo para contar a ele... Conhecer o filho. Mas infelizmente algumas pessoas fizeram o possível para evitar que isso acontecesse.
- Pode ser mais específica?
- Sei lá o que eram. Governo, sociedade secreta... Não sei.
- Como você passou pelo fim do mundo?
- Bom, eu passei muito tempo procurando o Samuel e estava hospedada em um hotel de Nova York e então tudo aconteceu... Da mesma forma que vocês.
- Foi pior que antes... Porque realmente acabou. Esta não é mais uma realidade alternativa é o verdadeiro fim dos tempos. Estes soldados não têm a menor idéia do que esta acontecendo.
- Nem nós sabemos o que acontece... Pensamos que sabemos o que acontece.
- Prefiro pensar que sei o suficiente e não pensar no que eu não sei...
- O que há de errado com você?
- Como assim? O que você quer dizer?
- O que espera que eu faça?
- Nada. Não fez nada antes, porque faria agora?
- Como você pode dizer isso? Você nem me conhece. Não sabe o que eu já fiz.
- Nem você sabe o que eu fiz.
- Você é uma fedelha... Nova demais para saber ou fazer algo.
- Há! Eu vivi bem mais que você, pode acreditar!
- Há quanto tempo está nessa?
- Andando com eles? Uns sete meses.
- Estou nisso há dez anos.
- Eu não estou contando toda a merda na minha vida antes de conhecê-los, mas acho que isso não conta para você não é?
-Acho que você não devia me julgar.
Percebo que talvez esteja descontando minhas frustrações na pessoa errada...
- Tem razão. Acredito estar ficando nervosa por causa desta situação. Para alguém que sempre foi livre é difícil entende? Me de um tempo.
- Tempo é o que não falta aqui.
- Não para mim... Não quero que meu filho nasça aqui.
- Quem é o pai da criança?
Esse assunto esta indo para um lado perigoso... O que dizer agora? Talvez seja de Samuel? Não!
- Eu bem que gostaria de saber...
- Como assim?
- Eu vou tentar resumir... Deve saber sobre a realidade, as criaturas e todo o resto certo?
- Sim... Um pouco.
Eu contei a minha história para ela... Os pesadelos, meus quinze anos, o sanatório, a gravidez forçada... Toda ela de forma resumida.
- Acha que eu estou louca?
- Eu não acho nada...
- Samuel pode falar melhor do que eu... Você por acaso sabe alguma coisa de seu filho? Pois eu digo que é melhor não ficar sabendo...
- Por quê? Sabe de alguma coisa?
- Sei... Mas é melhor Samuel contar. Mas ele estava bem até onde sei. Por acaso sabia o que Samuel andava fazendo antes?
- Sei que ele procurava o nosso filho, só isso.
- O que posso dizer que ele esta bem em algum lugar. Ainda estamos procurando. Pensemos juntas em algo para sair daqui e então podemos continuar a procurar.
- Isso não acontecerá da noite para o dia... Precisamos convencê-las.
Isso era verdade. Nossos esforços foram para convencer as mulheres a não aceitar mais esta escravidão e reagir. Seria um trabalho longo, mas era só o que tínhamos. Esperava-se que logo conseguíssemos contato com os homens para armar o contra golpe... Era tudo questão de paciência...
ENQUANTO ISSO, OS HOMENS...
Samuel e Victor estavam sendo duramente testados. Primeiro os testes físicos, onde correr e flexões eram apenas o começo. Depois disso, Um teste psicológico de confiança no melhor estilo Guilherme Tell, onde um homem precisava confiar a ponto de permitir que atirassem em uma lata colocada em cima da cabeça. Samuel foi o primeiro a ter a lata e Victor foi convidado a atirar, mas recusou... O que foi Sábio da parte dele, pois não era um atirador. Um soldado chamado James pegou a arma para mostrar aos novatos como se fazia... Errou a lata e para nosso alívio, também errou Samuel. Nosso herói sugere inverter as posições e com um belo tiro na lata colocada na cabeça de James, prova de uma vez que não deve ser subestimado.
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