BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

14/01/2006


14 DE JANEIRO

O clima está pesado hoje, todos passam a madrugada em claro tentando esquecer o episodio da ultima noite, tensos esperando que algo de ruim acontesse. Ma pelo jeito aquelas coisas não queriam eles, não hoje.
Os últimos acontecimentos ainda insistem em por a prova a sanidade de todos. Finalmente o grupo conseguiu encontrar a equação que pode explicar tudo... Ou absolutamente nada.
A face de Samuel parece mais dura, sendo apenas iluminada pela tela de seu notebook onde trabalha freneticamente em busca de alguma informação. Joseph está estático, deitado sobre uma pilha de pneus olhando o teto do aposento sem esperanças. Liana e os outros estão debruçados sobre os papeis que contém a equação.
Samuel: – Nunca vamos conseguir descobrir o que significa esses números. Não possuímos conhecimento necessário.
Joseph vira a cabeça e pergunta de modo quase mecânico: – Qual o valor que o resultado da conta mostra?
Liana levanta a cabeça de cima dos papeis e em um sobressalto de esperança responde: – É o número nove. Aqui diz que o numero nove explica tudo, que o nove é a chave pra tudo.
Samuel ainda com os olhos no monitor: – Mas isso é irrelevante se não soubermos aplicar a fórmula.
Joseph: – Quem afinal sabe aplicar essa maldita fórmula?
Samuel: – O Matemático.
Ligeiramente aborrecido, Joseph fita Samuel: – O Matemático está morto, temos que nos virar Samuel: – Talvez ele esteja vivo.
Liana: – Mas nos vimos nos jornais que ele morreu naquele acidente de avião.
Samuel; – Não sei... Tem algo estranho que não consigo explicar... Mas acredito que ele esteja vivo... Me dê algumas horas, talvez encontre alguma coisa.
Joseph: – Faça isso!
Samuel acende um cigarro e começa sua busca por informações sobre o matemático na rede.
Joseph: – Estava pensando em encontrar o Philip que está no manicômio.
Liana caminhando em direção a cama diz: – E o James? O que vc acha de contatá-lo?
Peter que estava sentado no sofá ao lado de Samuel diz: – Não acho uma boa idéia. Acredito que James não deva saber que há dois “Philips” andando por aí. E tentar contatar o Philip que está preso é muito arriscado.
Joseph: – Mas é uma alternativa. Quem fazia as profecias era o Philip e não eu. Talvez ele possa me dar uma luz de quem sou e explicar toda essa loucura.
Liana: – E se falarmos para James que estamos com a equação? Talvez possamos tirar algum proveito disso.
Joseph: – Não sei... Talvez ele faça algo inesperado. Ele faria de tudo para colocar as mãos na equação.
Joseph levanta da pilha de pneus e vai até a porta. Peter caminha em direção a Joseph e olhando para Liana diz - Nós temos apenas três alternativas: Encontramos o matemático “morto” e ele nos ajuda a desvendar a equação, isso se por algum milagre ele estiver vivo; Ou vamos até Philip; Ou falamos com James.
Joseph: – Vamos esperar o Samuel. Depois decidimos o que vai ser feito.
Joseph caminha até a cama onde Liana está deitada. Ele pousa sua mão em cima da barriga dela:
Liana: – O que foi?
Joseph: – O que vc vai fazer?
Liana: – Não sei.
Joseph: – O que vc sente?
Liana: – Sobre o que?
Joseph: – Sobre a gravidez.
Liana: - O que vc quer saber?
Joseph: – Não sei! Sobre tudo! O que você sente?
Por apenas 3 segundos, a visão de Liana escurece. Olhando atrás de Joseph, Liana vê um ser horrendo! Um demônio que há muito tempo está em suas lembranças. Liana não pisca, seu queixo balbucia algo... Joseph percebe o medo no rosto dela e pergunta:
Joseph: – Está tudo bem? O que houve?
Liana: – Eu vi! Eu vi!
Joseph olha para traz, não vendo nada de anormal volta olhos para Liana pergunta: - O que você viu??
Liana vê o ser saindo de seu campo de vista da mesma maneira como surgiu, num piscar de olhos!
- Ele sumiu! O Demônio que lutou contra aquele “anjo” em Boston!
Joseph rapidamente olha por cima de seu ombro na tentativa de ver o demônio, mas não vê nada.
Joseph: – Onde ele e estava?
Liana: Atrás de vc de braços cruzados. Meu Deus, eu juro que vi, foi muito rápido.
Joseph anda pelo aposento procurando por qualquer coisa, mesmo sabendo que nada vai encontrar.
Liana: – Eu vi, juro que vi.
Joseph: – Acalme-se Liana, não há nada aqui.
Liana: – Droga!
Joseph sai do quarto e vai até a porta da garagem, empilha alguns pneus e acomoda seu corpo cansado.

MAIS UMA NOITE

Passado algum tempo, Liana acorda com dores no abdome. Ela percebe que ainda é noite e que dormira pouco. Sente que a cama está com alguma substância viscosa. Ela acende a luz do abajur e percebe que a substância é na verdade sangue, seu sangue.
Liana: – SOCORRO!
Samuel levanta rapidamente com a arma em punho. Joseph vai em seguida. Eles se dirigem até o quarto de Liana, temendo o pior. Chegando no quarto, eles avistam Liana encolhida na cama, com o rosto escondido entre os joelhos. Eles percebem que há um rastro de sangue, da cama onde Liana dormia até o banheiro, que está com a luz apagada.
Joseph: – O que aconteceu?
Liana: – Eu não sei. – Ela diz com medo e uma expressão de dor.
Samuel a tira da cama carregando-a. Joseph empunha a arma e segue o rastro, Samuel ainda carregando liana a acompanha, todos vão para o banheiro onde o rastro leva. Joseph se esgueira até o banheiro e com um movimento rápido liga o interruptor. Eles avistam uma poça de sangue no chão e uma criatura horrenta. Um feto ainda em formação, com veias arteriais nítidas. O feto apresentava sinais de vida. Ele tentava levantar. Liana sente um pavor tamanho, traduzido em um grito de horror e desespero!!!
Liana acorda suando frio e ofegante. Ela liga o interruptor do abajur. O sangue desapareceu, ela está limpa e o chão também. Ela sai rapidamente do quarto. Uma angústia preenche a alma de Liana vendo o aposento e seus companheiros todos dormindo. Ela vai até Samuel e o acorda.
Sacudindo Samuel ela conta que teve um pesadelo terrível e relata os detalhes enquanto Samuel ainda tonto tenta entender. Ele a fita com pena e resolve buscar um copo de água na tentativa de acalmá-la. Joseph acaba acordando e liana conta para ele o desagradável sonho. Joseph e Samuel acabam acalmando Liana que adormece sobre a proteção de Joseph.


NOVO DIA 15/01/2006

Mais tarde todos acordam, procurando ignorar o acorrido de Liana na noite anterior, Samuel continua sua busca pelas informações na internet. Liana acorda em seguida, ela começa a se arrumar:
- Está tudo bem Liana? – Pergunta Samuel.
- Sim, está. – Responde Liana secamente, enquanto abre a porta da garagem e entra no carro. Samuel a acompanha com os olhos. Ela liga o carro e sai. Joseph acorda com o barulho do motor e levanta cambaleando:
- Aonde ela vai?
- Não sei. – Samuel responde enquanto volta ao computador.
Joseph pergunta ainda sonolento: – Achou alguma coisa?
Samuel com os olhos vidrados na tela responde: – Estou hackeando um dos servidores do Vaticano.
Joseph: – Do Vaticano? Pq vc acha que pode encontrar alguma coisa aí?
Samuel: – Intuição.
Joseph: – O que é isso piscando na tela?
Samuel:- Um programador tentando me chutar para fora do servidor.
Joseph: – Ele pode nos localizar?
Samuel: – Dificilmente. Mas isso indica alguma coisa.
Joseph: – O que?
Samuel: – Esse servidor possui um sistema muito parecido com o da CIA.
Joseph: – Como você sabe disso?
Samuel: – Foi em um dos servidores da CIA que eu coletei informações sobre a Comissão Trilateral. AQUI!
Joseph: – O que houve?
Samuel: – Encontrei alguma coisa!
Joseph: – Diga homem, o que você achou?

Samuel tecla mais algumas coisas em seu notebook e diz: – Existe um padre chamado Carlos Machado que está em um monastério. O nome dele não está no banco de dados privado disponível para os que possuem o passe. Descobri isso em um arquivo oculto. Precisamos averiguar essa informação.
Joseph pergunta aflito: – Onde fica esse monastério?
Samuel: – A nordeste de Roma, Itália.
Joseph: – Itália? Maldição. Quais as chances de não ser o nosso “homem”?
Samuel: – Difícil dizer. Mas acho que é ele, só pode ser ele. Esse tipo de lugar é isolado de tudo! Pelo jeito é para sumir com sacerdotes, talvez uma espécie de aposentadoria. De acordo com esses registros, tudo indica que esse Carlos Machado foi um “problema” para alguém com bastante influência dentro do Vaticano.
Joseph: – É ele mesmo. Precisamos ir a Roma o mais rápido possível e falar com ele. Ele vai nos ajudar a resolver a equação e esclarecer toda essa merda.
Samuel: – Sair do país sem passaporte não é fácil, você sabe... Ainda mais no nosso caso que estamos sendo procurados!
Joseph: – Veja o que você pode fazer. Eu vou sair agora. Qualquer coisa me ligue, ok!?
Samuel: – Pode deixar.

ALGUMAS HORAS DEPOIS

Mais tarde todos se encontram na garagem, Depois de Samuel passar tudo o que descobriu para Peter e Vitor. Liana aparece com o carro cheio de livros. Samuel, Peter e Vitor ajudam a descarregar.
Liana pergunta enquanto desce do carro: – Vocês tem certeza de que aquele homem, o tal padre, é mesmo o padre que estamos procurando?
Samuel responde enquanto baixa o portão da garagem: – Tudo indica que sim hoje pela manhã entrei nos arquivos do vaticano e achei um registro de um homem com o mesmo nome dele em um monastério isolado na Itália. Como o arquivo estava culto até mesmo de alguns dentro da rede do vaticano...
Liana: - Nós Vamos para a Itália? Como?
Pete: - Samuel já conseguiu quase tudo.
Samuel: – Falei com Antony, ele está tentando conseguir documentos falsos, que pelo menos nos faça entrar no país, e ele pode mandar nossas coisas depois. Podemos ir de avião em uma rota comercial até Lisboa. Nossas coisas, as armas de fogo principalmente, vão de navio e devem chegar três dias após nosso pouso. Enquanto isso, nossos nomes falsos vão ser registrados nos órgãos competentes da União Européia. Pagaremos caro por isso, conseguir essas coisas custa dinheiro... Depois de tudo isso, é com nós.
Liana: – Joseph está sabendo disso?
Samuel: – Não, ele saiu, mas acho que ele vai concordar. É nossa única alternativa.
O barulho da porta de metal da garagem assusta todos, Joseph finalmente chega e Samuel repete o plano que disse a pouco para Liana.
Joseph ainda assustado com a idéia diz: - Parece que não temos muitas alternativas... Quando partimos?
Samuel: - Acho que Peter e Victor ficam para tomar conta do lugar e nos passar as informações que estão ocorrendo aqui. Precisamos manter esse lugar a salvo.
Peter: - De acordo, além disso, chamaria mais atenção cinco estrangeiros...
Vitor apenas acena com a cabeça.A luz tímida entra pela fresta do telhado da garagem... Todos sentem que estão cada vez mais perto da terrível verdade.


O FETO DO PESADELO DE LIANA


NOVO DESTINO?



INVESTIGAÇÕES...

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