BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

23 DE FEVEREIRO DE 2006

23 DE FEVEREIRO DE 2006
UM VELHO INIMIGO.

Retornamos ao apartamento com algumas resoluções. Victor disse que iria procurar outro apartamento... Provavelmente um quarto maior e de preferencia menos assombrado que aquele. Samuel saiu em seguida, mas não o vi sair... Pois passei a manhã toda compensando o sono que não tive.

Mais tarde me deparei com um estranho vizinho... Um senhor de meia idade que parecia não ir muito com a minha cara. Tentei ser simpática, mas tudo que consegui dele foi a afirmação de estar atraindo más vibrações para o prédio... E o fato de ele usar colares e alguns chocalhos perto de nossa porta só corroborou sua afirmação. Ele voltou ao apartamento dele que não era muito longe do nosso. Na porta havia um símbolo que eu não conhecia... Já estava desconfiada, então fui a uma lan house para pesquisar a respeito... Descobri que aquele era um símbolo de banimento vodu... Interessante. Perguntando-me sobre o que ele realmente procurava banir, voltei ao apartamento.

Ganhamos uma visita desagradável mais tarde, quando eu aproveitava o jantar. Ouvi uma discussão no corredor... Bate boca entre vizinhos pensei... Victor percebeu mais rápido que eu e saiu pela porta. Foi quando reparei que a uma voz da discussão era de Samuel e também saí. Já era tarde demais para evitar um desastre... O dono da outra voz era a do mendigo... Aquele que Samuel lutou e jogou de um terraço e deveria estar morto. Quando cheguei ao corredor, só pude presenciar Samuel investindo contra o outro homem e se jogando pela janela do corredor... E Estávamos no terceiro andar.

Desci correndo as escadas e quando cheguei na rua, só Samuel estava estirado na rua e nem sinal do outro. Samuel desta vez estava muito machucado... Muitos ossos quebrados, sangramentos internos e externos, mas a sua perna estava pior... Fratura exposta, algo muito feio de se ver. Samuel lacrimejava de dor, mas não ousava gritar... Podia desmaiar a qualquer minuto. Não podíamos chamar as autoridades que poderiam estar atrás de nós, por isso chamei Victor e o levamos a uma clinica particular. Eu não parava de tremer e não saí do lado de Samuel naquela madrugada... Pelo menos até o cansaço me vencer.




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