BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

DIA 15 DE MARÇO DE 2006

DIA 15 DE MARÇO DE 2006

Acabamos de chegar a um motel de estrada. Depois de devidamente verificadas as acomodações, Me entreguei aos prazeres de um chuveiro com água morna. Já me sentia bem mais relaxada e depois de um pouco de leitura, dormir um pouco. Mas parece que o destino decidiu que já estávamos em paz por tempo demais...

Ao olhar no espelho, não vi o meu rosto, mas o de outra mulher. Tinha um rosto arredondado, cabelos negros e aparentemente translúcidos. Gritei e saí do banheiro, enquanto os homens que estavam dormindo foram até mim verificar o que houve. Obviamente ela tinha sumido. Passado o susto, tentei dormir, esperando não sonhar e estar bem na manha seguinte.

Mas esta noite era a minha vez de sofrer...

Acordei no meio da madrugada, com barulhos estranhos vindo do banheiro. Tudo estava escuro, apenas a luz do banheiro estava acesa e a porta entreaberta.




Os rapazes estavam dormindo e não pareciam ter ouvido nada. Temia que fosse outro de meus ataques de sonambulismo e não peguei a arma que estava na mesinha ao lado da cama. Fui cautelosamente até o banheiro, fazendo o possível para parar de tremer. Abri a porta e lá dentro, meus pesadelos e medos vieram à tona todos de uma vez...

O homem de capuz estava lá dentro... Meu algoz retornava para me assombrar.

Voltei-me para correr gritando aos outros para que acordassem, mas engasguei quando vi um segundo e um terceiro ser me cercando. Quando me agarraram, não restava mais a Laura racional, apenas uma criança assustada e puro instinto de animal acuado. Prenderam meus braços e minhas pernas, silenciaram minha boca e nada mais podia fazer... Além de chorar. A escuridão tomou conta de mim com apenas uma palavra ecoando em minha mente:

Perdoem... Perdoem-me...

ESPELHO

PORTA DO BANHEIRO

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