BEM VINDOS

Somos um grupo de RPG que está jogando uma campanha há 11 anos, o sistema de regras que uso é de criação minha e devido ao gênero de jogo a batizei de HORROR. Em todo esse tempo dentro do jogo aconteceram muitas coisas que gostaríamos de imortalizar e a melhor maneira que encontramos para fazer isso foi tranformar o jogo em uma história dinâmica. A história que começa nesse espaço é o inicio do quarto ano que começamos em 2007, a cada sessão de jogo transcrevemos todo o acontecido em forma de história para gravarmos em nossas memórias a angustia vivida pelas almas de cada um e compartilharmos com aqueles que apreciam o gênero. Ao lado direito da página na seção "cada dia uma angústia" a história começa no dia 23/09/2005.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

UMA BRECHA NO HORROR

   A história parece nunca terminar...

   Eu sei que parece haver um buraco nessa história, um vazio, como aquele que sentimos quando estávamos muito deprimidos ou tristes. E tudo isso é verdade... a tantas coisas pra contar, pra se lembrar que não vale a pena nem tentar. Laura e Samuel partiram naquele Avião em 2011 se não me engano. Os outros ficaram, Vitor, Peter e eu. A vida continuou, a dor a tristeza em nossos corações não.

  É mais fácil falar do que escrever, mas vou me esforçar. Esse mundo em que vivemos, me atrevo a batiza-lo de: Mundo Profundo, que nome idiota, mas não importa só quero que você leitor entenda. As razões para isso são muitas, mas simplificando a coisa, a vida é uma merda mesmo, mas acredite, somente quem vive no Mundo Profundo, um mundo mais real do que o que o mundo real do ser humano comum. Parece confuso eu sei, mas quem vive nesse limbo, passa desapercebido, Não sei quantos vivem nesse mundo, talvez aquele mendigo que você ignora todos os dias na esquina da sua rua viva nele, não importa, quero focar em quem interessa agora: nos últimos anos Rachel entrou para este "afortunado" grupo. Parece que o Filho sumido de Rachel tem algo a ver com isso tudo. Mas ninguém sabe ao certo.

   Liana voltou, sim, todos choramos quando Liana faleceu naquela noite com um tiro de escopeta no rosto. Mas essa Liana... não parece ser a mesma Liana, se é que você me entende. Eu não sei por que tento explicar o inexplicável. Penso que seja um instinto primitivo de deixar registrado algo para que alguém um dia possa usar para não sofrer tanto como nós sofremos nessa vida. Fugir, investigar e lutar como ratos contra os leões para arrumar pelo menos uma motivação para continuar tentando. Esse é o nosso legado. Só queria entender o porque, e o pra que.

   Fazia muito tempo que eu não parava para ouvir meus pensamentos, lembrar de tudo que passamos e perguntar por que diabos não morri ainda. Acho que Samuel pensa a mesma coisa. Saudades de Samuel, Vitor e até de Peter que pouco tive contato. Quando a hora chegar seja nessa via ou em outra, preciso reencontra-los, talvez a dor da saudade e de tantas outras coisas diminua...


Joseph

 

Nenhum comentário: