UMA BRECHA NO HORROR
A história parece nunca terminar...
Eu sei que parece haver um buraco nessa história, um vazio, como aquele que sentimos quando estávamos muito deprimidos ou tristes. E tudo isso é verdade... a tantas coisas pra contar, pra se lembrar que não vale a pena nem tentar. Laura e Samuel partiram naquele Avião em 2011 se não me engano. Os outros ficaram, Vitor, Peter e eu. A vida continuou, a dor a tristeza em nossos corações não.
É mais fácil falar do que escrever, mas vou me esforçar. Esse mundo em que vivemos, me atrevo a batiza-lo de: Mundo Profundo, que nome idiota, mas não importa só quero que você leitor entenda. As razões para isso são muitas, mas simplificando a coisa, a vida é uma merda mesmo, mas acredite, somente quem vive no Mundo Profundo, um mundo mais real do que o que o mundo real do ser humano comum. Parece confuso eu sei, mas quem vive nesse limbo, passa desapercebido, Não sei quantos vivem nesse mundo, talvez aquele mendigo que você ignora todos os dias na esquina da sua rua viva nele, não importa, quero focar em quem interessa agora: nos últimos anos Rachel entrou para este "afortunado" grupo. Parece que o Filho sumido de Rachel tem algo a ver com isso tudo. Mas ninguém sabe ao certo.
Liana voltou, sim, todos choramos quando Liana faleceu naquela noite com um tiro de escopeta no rosto. Mas essa Liana... não parece ser a mesma Liana, se é que você me entende. Eu não sei por que tento explicar o inexplicável. Penso que seja um instinto primitivo de deixar registrado algo para que alguém um dia possa usar para não sofrer tanto como nós sofremos nessa vida. Fugir, investigar e lutar como ratos contra os leões para arrumar pelo menos uma motivação para continuar tentando. Esse é o nosso legado. Só queria entender o porque, e o pra que.
Fazia muito tempo que eu não parava para ouvir meus pensamentos, lembrar de tudo que passamos e perguntar por que diabos não morri ainda. Acho que Samuel pensa a mesma coisa. Saudades de Samuel, Vitor e até de Peter que pouco tive contato. Quando a hora chegar seja nessa via ou em outra, preciso reencontra-los, talvez a dor da saudade e de tantas outras coisas diminua...
Joseph
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